Os estudantes que dormiam e acordavam tarde durante o período de férias enfrentam dificuldades para se readaptar. Afinal de contas, levantar por volta das 6 horas não é tarefa tão fácil assim. No horário de verão a situação fica mais complicada, já que ainda está escuro, dificultando ainda mais o “despertar”.
Mas, além dos filhos, os pais também sofrem nas primeiras semanas de volta às aulas, já que precisam sair mais cedo da cama para preparar o café e deixar as crianças na escola. Isso quer dizer que toda família precisa acertar os ponteiros e ajustar o relógio biológico.
O especialista em distúrbios do sono, Shigueo Yonekura, diz que muitos estudantes, principalmente os que dormem mais tarde, tendem a ficar cansados, irritados e sonolentos no retorno das atividades escolares. “Não será difícil ver estudantes sonolentos nos primeiros dias de aula”, comenta.
O médico do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba alerta os pais para o problema que é a privação do sono na fase da adolescência. Ele fala que a queda no rendimento escolar pode estar associada à falta de sono. “Uma boa noite de sono ajuda no aprendizado”, afirma.
De acordo com Yonekura, os pais devem ficar de olho para que os filhos não permaneçam até tarde na frente da televisão, computador e videogame. “A irregularidade dos horários de deitar e levantar também pode interferir no dia-a-dia”. Dormir mais cedo pode ser uma boa alternativa para evitar sonolência durante as aulas.
A duração do sono noturno varia de acordo com a idade. As crianças dormem em média onze horas e os adolescentes precisam dormir cerca de nove horas para manter um bom nível de atenção durante suas atividades de rotina. Já os adultos necessitam de sete a oito horas de sono.
Shigueo Yonekura é neurologista (matéria publicada na folha de São Pedro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário